O conflito nos Balcãs
Com a morte do marechal Tito em 1980 e a desintegração da União Soviética, os conflitos da região dos Balcãs foram os mais sangrentos na Europa desde a Segunda Guerra.
Os EUA, principalmente, passaram a impulsionar referendos sobre a unidade ou não da Jugoslávia.
Os EUA, principalmente, passaram a impulsionar referendos sobre a unidade ou não da Jugoslávia.
Esta mudança política abriu as portas para o imperialismo aprofundar os seus interesses na região, já bastante dominantes no período anterior, o que resultou no regresso de todos os conflitos étnicos e políticos que estavam, até então, adormecidos durante os 35 anos em que Tito esteve no poder. Guerras civis foram apoiadas pelos EUA e parte da Europa, sendo também a oportunidade de extirpar de uma vez por todas os muçulmanos da Europa, um resquício da ocupação turca.
Sob o pretexto de combater os guerrilheiros separatistas do ELK, a partir de 1998, tropas sérvias aumentaram sensivelmente as suas ações e dominaram a província onde viviam cerca de dois milhões de habitantes, a grande maioria de religião muçulmana. As tropas cometeram atrocidades que ficaram conhecidas como "limpeza étnica" durante o tempo em que permaneceram nesta área, incluindo estupros e assassinatos sumários.
Mais de duas mil pessoas morreram entre 1996 e 1999 e dezenas de milhares refugiaram-se na Europa durante os conflitos entre o Exército de Libertação do Kosovo (ELK) e tropas sérvias e jugoslavas.
A Guerra do Kosovo foi o culminar dos conflitos entre separatistas de origem albanesa e a República da Sérvia encabeçada, até então, por Slobodan Milosevic.
Uma tentativa de colocar um fim ao conflito entre o ELK e a Sérvia foi colocada em prática, quando representantes de ambos lados, além de líderes das principais potências mundiais (EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Rússia) se reuniram no Castelo de Rambouillet, na França para firmar um acordo de trégua. O acordo consistia na atribuição de autonomia a Kosovo, na retirada das forças sérvias da província e na presença de tropas da OTAN para garantir o combinado.
No entanto, este encontro - realizado em Fevereiro de 1999 - fracassou. Enquanto que os albaneses separatistas recusavam apenas a autonomia - reivindicavam a realização de um referendo sobre a independência de Kosovo - os sérvios repudiavam a presença da NATO e o referendo.
No dia 24 de Março de 1999, às 20h do horário local, mísseis norte-americanos Tomahawk disparados de aviões e navios atingiram alvos sérvios, iniciam uma guerra que duraria 78 dias num bombardeio criminoso da população civil de um país indefeso perante o poderio imperialista.
Os sérvios eram constantemente pressionados para aceitaram os pontos do acordo, mas ao recusarem, foram, primeiramente, alvo de ataques contra as suas instalações militares e, depois, contra toda a sua infra-estrutura (pontes, fábricas, água, emissoras de TV e rádio).
Apenas no dia 3 de Junho de 1999, Milosevic aceitou o acordo de retirar as suas tropas de Kosovo e aceitar a entrada da NATO. O conflito foi encerrado, oficialmente, em 10 de Junho do mesmo ano. Kosovo passou a ser presidido por um governo provisório administrado pela ONU.
Além da participação do genocida sérvio Vojislav Seselj, acusado de ser um dos principais responsáveis pela limpeza étnica promovida durante as guerras da Croácia (1992-1995) e da Bósnia (1992-1995) e do ex-presidente Slobodan Milosevic.
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