Na última quarta feira, dia 10 de Dezembro de 2009, a turma ( juntamente com outras três turmas) assistiu a um filme alemão " A onda".
Este filme, baseado em factos verídicos ocorridos nos E.U.A. em 1967, conta a história de Rainer Wenger (professor do secundário) que quer demonstrar, durante a semana de aulas do projecto de " autocracia", como é possível o surgimento de movimentos ditatoriais.Surpreendentemente, os jovens desunidos e individualistas aderem a um movimento que prima pela disciplina e pela padronização dos indivíduos.
Inicialmente o que era uma “brincadeira” ganha traços de seriedade e, como pode ocorrer em qualquer situação sai do controle através de extremistas desequilibrados.
Na minha opinião, os jovens que o filme demostra começaram a aderir as propostas do professor um pouco por brincadeira. Mas depois, ao sentirem que as suas opiniões eram escutadas no conjunto do processo de “construção” do grupo, assim como de se sentirem protegidos por pessoas daquela “irmandade”, cada aluno também se sentiu mais forte e valorizado – coisa que muitos deles não sabiam o que era, numa comunidade competitiva onde a origem (classe social e raça) interessa mais do que a capacidade individual -, transformando aquela brincadeira em algo muito sério e real.
A situação saiu do controle e o professor, avesso ao que acontecia fora da sala de aula, não se deu conta disso até que fosse tarde demais. Eu acho que a ânsia dele em ser valorizado e levado a sério como professor –a mesma angústia daqueles jovens desorientados – contribui para a sua " cegueira". A verdade é que este tipo de experiências deveriam ser muito melhor controlados – e, preferencialmente, explicadas.
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